Sunday, December 10, 2006

UM CONTO DE NATAL


A jovem esmerou-se nas voltas do laçarote envolvendo a caixa que continha o frasco de perfume e abriu o sorriso bonito pela segunda vez -da primeira tinha sido para lhe perguntar se "era para oferecer" e agora se "ia pagar com dinheiro ou cartão". Ele não se incomodou mesmo nada em responder às duas primeiras questões e nem se importaria que houvesse uma terceira... se acompanhada daquele sorriso mais luminoso que as iluminações festivas (de gosto duvidoso) da baixa pombalina e nem lhe pareceu ser uma mera cortesia de uma profissional competente. Enquanto a operação multibanco decorria, escreveu uma curta frase num pequeno cartão de boas-festas que por sua vez introduziu num envelope -também de reduzidas dimensões de modo a que este não anulasse esteticamente o volume da caixa contendo o frasco de perfume envolta num esmerado laçarote. Foi a sua vez de fazer o seu melhor sorriso e pedir à jovem de sorriso luminoso se "não se importaria de juntar, colando, com um pedaço de fita gomada transparente, o envelope à caixa. Ah! e só mais um grande favor: se ela podia guardar a caixinha até um pouco antes do fecho da loja, que ele viria nessa altura recolhê-la". E invocou uma série de afazeres que não são chamados aqui à colação com a intenção de que os leitores não percam o fio à meada da leitura. Às duas solicitações a jovem disse que sim e, se os seus anteriores sorrisos foram perfeitamente luminosos, desta vez a luz intensa que dele jorrava, iluminava apenas e magicamente as duas personagens (como se de um foco de luz daqueles das artes do palco se tratasse), dando sumiço do cenário deste conto, à loja, aos outros clientes e empregadas. Isto foi o que eu imaginei ter visto, mas se fôssemos a confiar na capacidade visual de alguns contistas de natal... mas adiante. Depois, ele desfez-se em desculpas mas via-se obrigado a pedir-lhe mais um pequeno favor pois "tinha-se esquecido de acrescentar uma palavrinha no cartão de boas-festas... "; e uma vez mais sorriu e ela também. E os sorrisos já se confundiam de tal modo que não se distinguia a quem o sorriso pertencia. Ele escreveu a "palavrinha", agradeceu, disse "até logo!" e ela voltou ao seu trabalho, agora já com a loja, os outros clientes e empregadas, bem visíveis nas linhas deste conto.
No dia vinte e sete de Dezembro, a jovem do sorriso luminoso convenceu-se que aquele cliente -também ele dono de um sorriso muito, muito agradável e da caixinha de laçarote feito com esmero, jamais voltaria à loja. É verdade que poderia ter aguardado mais um tempo; digamos que até ao final das festas. Mas a curiosidade falou mais alto e retirou do pequeno envelope colado à caixa, o cartão manuscrito. E leu: "Tens um sorriso fantástico! Já não passo por aí. Espero-te em Greenwich Village para passarmos os dois um fim-de-ano que nem te passa pela cabeça. Usa e abusa do perfume. Um beijo do teu Pai Natal."
Texto e foto de: Alberto Oliveira.
Este post está integrado na 5ª edição do "Canto dos Contos" que tem por tema o "Natal".

46 Comments:

Blogger Maite said...

Caro Legível

Eu sabia que a musa inspiradora não o ia abandonar :)

Volto depois para ler mais calmamente.

Boa noite para si

10/12/06 21:07  
Anonymous Anonymous said...

Ainda bem que ainda andam, por aí, pessoas surpreendentes.
Um beijiho, CL.

10/12/06 21:22  
Blogger tb said...

A sempre surpreendente forma de escrever e de encantar quem te lê. Bonito, muito bonito.
Parabéns!
beijinhos

10/12/06 22:00  
Blogger Teresa Durães said...

ahaahhahahahahah

sabia que não ias nos enredos natalícios! olha vê lá se deixaste uma caixinha dessas no meu canto!

(só contigo deixo este monstruoso comentário que ler uma carrada de contos natalícios tem que se lhe diga!)

toma lá um sopro gelado minhoto!

10/12/06 22:02  
Blogger Unknown said...

Olá...

Que perfeito... Adorei a forma que usou na narrativa, gostei por demais.
Não imaginei que teria esse final, veja só...
Sabe que é uma boa idéia hahahha

Gostei muito, parabéns pela belíssima escrita.

Abraço.

Boa noite e ótima semana

[s]s

10/12/06 23:04  
Blogger Llyrnion said...

E olha... se td correr bem, n deixa de ser um milagre de Natal :)

Um abraço.

10/12/06 23:32  
Anonymous Anonymous said...

E a moça viu o recado a tempo do tal fim-de-semana?

10/12/06 23:47  
Blogger Maria P. said...

Fantástico! Parabéns.

Beijinho:)

10/12/06 23:49  
Anonymous Anonymous said...

Por favor, ignora o comentário anterior. Estava tão empolgada na leitura da história que li fim-de-semana em vez de fim de ano! Claro que a moça foi a tempo!

10/12/06 23:49  
Blogger José Pires F. said...

…Só aqui para nós; um amigo meu, já usou essa técnica com a menina da perfumaria. Infelizmente, para ele claro, não resultou.

Mais tarde, ela disse que nunca abriu o envelope.
Mentira, claro…

Excelente!

11/12/06 00:00  
Blogger Kaotica said...

Legível

Muito mais do que legível, o teu conto é um manual de instruções à paquera sofisticada. Talvez o gesto não seja original, visto que o PiresF. já conhecia a estratégia :-); talvez pessoas de mente perversa como a minha pudessem adivinhar cedo demais o que ia acontecer. Mas a forma como está escrito é muito cinematográfica (mais do que teatral) e eu gosto disso na escrita!
Abraço!

11/12/06 02:10  
Blogger Cris said...

Olaaaaaaaaaaaaá!!!!!

Meu caro amigo legível, continuas legível como ninguém e eu continuo a manter a convicção de q escreves maravilhosamente!

Pensavas q eu já n me lembrava do caminho para este cantinho?
Pois sabia e venho cá muitas vezes, mas tenho estado caladita pq o tempo tem sido curto e alguns problemitas de saúde ainda o têm encurtado mais.
só q, indiscutivelmente, adoro ler-te e hj, para além de te dizer q continuo a deliciar-me com as tuas histórias, quero aproveitar para de desejar um Natal com tudo o q tu mereces e um novo ano pleno de sorrisos...

beijinho grande e doce!

11/12/06 02:51  
Anonymous Anonymous said...

carta ao pai natal:

querido legível. como sabes, este ano portei-me muito mal. mudei de morada tantas vezes que não me espanto se não encontrares a minha chaminé. andei tão confusa que não fiz o que disse nem disse o que fiz. bateram-me tanto na cabeça que fiquei sem sentidos. perdi o norte e já não sei onde fica o sul do perdão. estive ausente e voltei e voltei a ausentar-me. há quem desconte este comportamento. com a desculpa que há um desequilíbrio necessário aos poetas. tretas. eu nem sequer sei escrever. mas há uma coerência salvadora no meio de tudo isto. eu gosto de ti. e sinto o teu perfume. em todos os posts. em que comentares. a ciência há-de estudar o efeito desta fragância. e perceber que o afecto. se pode embrulhar. num laço virtual puro. *

11/12/06 11:12  
Blogger manhã said...

legível: Bom o texto está lindíssimo, parabéns! A ideia é no mínimo reconfortante. Muitos luminosos sorrisos pra ti!

11/12/06 12:55  
Blogger isabel mendes ferreira said...

é assim: quem sabe escrever escreve.


assim.


!!!!!!!!!!!!!!!
____________eu sou mt espartana. escrevo pouco. mas gosto especialmente de ler. aqui.


.


beijo.

11/12/06 13:20  
Blogger Licínia Quitério said...

E Greenwhich Village não voltou a ser a bisonha cidade do país de brumas. Um sorriso envolvia os humanos e na noite de Natal todos puseram ao peito laços de fitas coloridas. Em vez do estafado Merry Christmas atiravam uns aos outros: "Love and Smile".

Legível,desta vez o humor foi também ternura.

Uma excelente semana para ti.

11/12/06 13:20  
Anonymous Anonymous said...

Devo dizer-te que não perdi o fio à meada e adorei os pequenos parentesis que ias introduzindo ao longo do texto! Mas será que ela ainda foi a tempo daquele fim-de-ano que nem lhe passava pela cabeça? ;) Ai a sortuda...

Eheheh!

Com isto dos Contos ganhaste mais uma visita assídua, podes apostar! :) Gostei muito.

Beijinhos*

11/12/06 14:04  
Blogger Klatuu o embuçado said...

Tu és de morte! :)=
Sem dúvida, um dos melhores.

P. S. Revê o texto, tens por aí umas quantas gralhas.

11/12/06 14:04  
Blogger JPD said...

Está excelente, Alberto.
A fragância e toda a volúpia em pleno.
Um enorme abração!

11/12/06 14:28  
Blogger mfc said...

O vilão que em nós existe ...à solta pelo Natal!
E porque não?!

11/12/06 19:22  
Blogger APC said...

"Para passarmos os dois um fim-de-ano que nem te passa pela cabeça?"... Ahahahahahahaah! Alguém me faça parar de rir... Tou a tombar, tou a tombar, a cadeira tá a ceder, ai que me vou espalhar ao comprido e... Pummm!...
...
...
...

(.!.)

Experiência: um-dois, um-dos-três; do you ear me, Roger? OK...
É daqui do chão que te escrevo agora, depois de me ter baldado com a risota que foi demais da conta. O PC tá inteiro e dá para continuar a escrever, e cá vai:

Se a mocinha foste honesta, não tinha aberto o engrelope e ele ficava a arder com o fim-de-ano, como não lhe passou pela cabeça!!!
Era surpreendente, não achas?
:-)))
[Tou uma simpatia, eu, não achas também?]
Obrigada!

Bom... Mas o texto tá encantador e com aqueles "de permeios" mesmo ao teu jeito e que me fazem cá vir, viciada. Tás, então, a participar num "contesto" (lol), é isso? Por demais merecido e certamente que o irás dignificar sobremaneira. Por mim, estou já na 1ª fila da assistência, a fazer a maior torcida... Sabes!!!
Abraço de até já! :-)

PS - "Usa e abusa e do perfume? Um beijo do teu Pai Natal?"...
Ohohohohohohoho...
....Eheheheheheh
...
...
... Puummm!!!


:-S

11/12/06 20:08  
Blogger APC said...

PPS - Espera... Se eu estava a escrever-te do chão, como diabo pude cair de novo? Vês tu como os teus textos permitem o impossível? :-)))

11/12/06 20:10  
Blogger sotavento said...

Eu não sei nada mas sempre achei que o Pai Natal tinha imensas responsabilidades!... :)))

12/12/06 00:00  
Blogger José Pires F. said...

Preciso do teu e-mail para enviar os logotipos.
Manda para o contacto do “A Rua dos Contos”.

Abraço.

12/12/06 02:09  
Blogger Maite said...

Caro Legível

Cá estou eu novamente, agora que já li quase os todos contos (faltam-me ainda 2), para lhe deixar um comentário com mais alguma consistência.

Como já nos habituou, este também é um conto com uma escrita escorreita e onde se nota o seu humor requintado e sarcástico. Parabéns :)
Nestes desafios, é extremamente enriquecedor olhar as diferentes sensibilidades perante o mesmo estímulo.

Tenha uma excelente tarde

12/12/06 12:17  
Blogger augustoM said...

O pequeno foi original no convite.
Um abraço. Augusto

12/12/06 14:06  
Blogger segurademim said...

... ela deu uma gargalhada

está parvo, pensou. mais tarde, apanhou o metro no rossio e durante o trajecto para casa, o convite bailava-lhe na cabeça

quando chegou a odivelas, sorriu! subiu as escadas, entrou no burger king, a irmã lá estava a limpar o chão e a recolher tabuleiros das mesas vazias;

esta, ao vê-la com um ar estranho e tão feliz, devolveu-lhe o sorriso, conhecendo-a bem, soube que alguma coisa se tinha passado e perguntou, recebeste mais uma prenda de natal ? aposto

voltou a sorrir, tinha tomado a decisão, iria ter um fim de ano diferente

:)

12/12/06 14:14  
Anonymous Anonymous said...

Gosto de finais inesperados. E que dizem mais ou menos o que gostariamos de ouvir :)

12/12/06 15:53  
Anonymous Anonymous said...

faço minhas as tuas palavras.. e é tão bom quando tropeçamos na blogosfera em boas histórias! A parte de mim que se tenta libertar da mancha negra que cresce, cresce.. fica feliz por ler uma história bonita.. mas a outra parte, não resiste a pensar.. "hummm.. o teu pai (natal).. que espécie de relação premiscua é esta, heim?"

12/12/06 17:21  
Blogger Miguel J. T. V. said...

e ja agora, boas festas e até pró ano, se deus quiser!

12/12/06 22:47  
Blogger SpiritMan aka BacardiMan said...

Um natal muito bêbado e um ano novo todo ressacado são os meus votos mais sinceros!

Cumprimentos mixed by Jameson 12 anos!!!!

12/12/06 23:39  
Blogger Paulo said...

Obrigado pelo seu comentário. Respondi, no meu blogue, à duvida apresenta no referido comentário.
Boa noite.
Paulo

13/12/06 01:07  
Blogger amigona avó e a neta princesa said...

Sim,é mesmo de Natal!(quanto ao ditador, apesar de concordar com os argumentos que colocas, mantenho a ideia de que o Natal se faz de grandes/pequenas coisas...no seu desaparecimento fez-se Natal - dependendo do que cada um pensa do Natal...)Beijo...

13/12/06 08:46  
Anonymous Anonymous said...

Andou o dia inteiro com o papel no bolso do casaco. De vez em quando, tocava no papel, abria-o e relia-o, quase não acreditando que fossem para si aquelas palavras! Greenwich Village!! Partir à procura do sonho!

Durante todo o dia, a dúvida instalou-se...lembrava-se bem do sorriso... e do olhar e do aroma!... Valeria a pena? Seria este o momento? Nos filmes, há sempre um momento em que a vida muda...

Colocou a chave na fechadura e abriu a porta. Uma imensa claridade quase que a ofuscou. Luz e silêncio. Subiu as escadas até ao seu quarto e encontrou o seu marido abraçado a um sono leve.

Olhou para o perfume ... aroma.
Olhou para a mão, para o braço, para o peito ... corpo, corpo de aroma!!

Obrigada Pai Natal, pelo fim-de-ano inesquecível!

13/12/06 10:52  
Blogger Rui said...

O género musical dominante não podia ser mais antagónico em relação às suas preferências, mas o gosto que tinha pela música – a música em geral, toda a música – levou-o lá. Era sem dúvida uma das atracções de Greenwich Village: estava na Bleecker Bob’s Records e já tinha tido a oportunidade de trocar uns grunhidos com o próprio Bob (que era por grunhidos que ele comunicava).

- Er… excuse me… this vinyl… uh… Cradel of Filth… do you have the Japanese edition? – Uma pergunta inventada no momento, só para meter conversa.
- Uh… damn… uh… Cradel?!... Hell, no! – Foi tudo o que conseguiu arrancar a Bob, mas já tinha valido a pena.

Todo ele sorria por dentro e por fora com as capas dos discos e com os nomes das bandas. Também os clientes e os empregados tinham a sua piada: jovens góticos, todos vestidos de preto.

Um sobressalto tirou-o do seu posto de observação. O Rolex de 10 dólares comprado na véspera em Canal Street, confirmou a suspeita: estava atrasado.
Saiu apressado da loja de discos mas logo teve de parar. Esquerda ou direita? Um olhar rápido pelo mapa de bolso, indicou-lhe o caminho: direita até Mcdougall Street, depois à esquerda, dois quarteirões, e estaria lá.
Correu o mais que pôde, atropelando várias pessoas pelo caminho.
Anos mais tarde, ao recordar aquele momento, atribuiu à privação de oxigénio no cérebro provocada pela correria louca de 500 metros, a sua atrapalhação ao se julgar em Paris, nos Campos Elíseos, não em Nova York: é que estava perante o Arco do Triunfo. Encostou-se à esquina, limpou o suor da testa e esfregou os olhos, mas sem qualquer efeito prático, continuava perante o Arco do Triunfo. A dúvida, por mais insane que lhe parecesse, instalou-se: estaria em Paris?
Atravessou a rua sentindo-se perdido, confundido. Passou por baixo do Arco observando-o. Que coisa, pensou. Depois reparou que as pessoas falavam inglês, isso tinha que significar alguma coisa.

O seu nome ecoou pelo arco*. Alguém o chamava. Voltou-se, mas apenas viu um repuxo elevar-se muito alto. Centenas de estudantes da vizinha NYU cruzavam-se com o seu olhar. O seu nome, de novo. E então viu-a, a sorrir-lhe.
Aproximou-se hesitante, seria um sonho ou estaria ela realmente ali? A resposta chegou-lhe pelo olfacto. Aquele perfume… sim, era ela.



* Memorial Arch, em Washington Square Park, no coração de Greenwich Village, NY.

13/12/06 12:58  
Blogger Pyny said...

Muito mais que legível! Gostei imenso da história que, para variar, combina sempre lindamente com a fotografia!

13/12/06 13:19  
Blogger bettips said...

Gosto do que falas. Obrigada pela companhia "na terra de ninguém". Desta vez, o conto é risonho e esperançoso. Abç

13/12/06 16:23  
Blogger Alberto Oliveira said...

Para amigona:

"... quanto ao ditador" Pinochet, o comentário que aqui deixas -em jeito de resposta ao meu comentário no teu blog, não acrescenta nada de novo ao post que editaste.

beijos.

13/12/06 16:32  
Blogger Parrot said...

Boa noite,

Não é por acaso que se diz que os últimos são os primeiros...:)
Gostei muito, deste conto, que pode ser um conto de qualquer dia do ano. ;)

Abraço

13/12/06 20:10  
Blogger 919 said...

isso é verdadeiramente o que se chama "contar com o ovo no fió-fó da galinha"!...

13/12/06 21:21  
Blogger José Pires F. said...

Finalmente o Rui passou e, como sempre, uma réplica de respeito.
A questão que se põe; é que este é um blog, onde somos “obrigados” a visitar o mesmo post duas vezes que, neste caso foram mais, a coisa estava emperrada.

Abraço.

14/12/06 02:09  
Blogger batista filho said...

Não só eu, meu amigo, mas creio que todos ao lerem este teu conto, certamente não economizaram nos risos de orelha a orelha!

Bom Natal!

Um abraço fraterno e carinhoso.

14/12/06 11:51  
Blogger Sea said...

e ainda bem que a curiosidade falou mais alto.
um beijo
Adorei! Mesmo!
(Com um sorriso estampado)

14/12/06 16:37  
Blogger Unknown said...

Sem palavras...

Vinha à procura de bons momentos de escrita embora, inconscientemente, pensasse encontrar "só mais um blog".

Enganei-me e ainda bem!

Muito obrigada (não ao Pai Natal, do qual ainda não conheço a obra), mas ao Legível (cuja escrita espero poder conhecer cada vez mais!).

Tudo de bom...

17/12/06 00:07  
Blogger Joana said...

Que bonito!
:)
So tu mesmo para escreves coisas assim.... que me deixam a sonhar acordada... com principes encantados... e prendas de amor.... ai, ai, ai .... tantos suspiros, tantos suspiros....
:)

19/12/06 23:27  
Anonymous Anonymous said...

Gostei do conto de Natal :)

16/1/07 23:32  

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