CORTE RADICAL
Não sei se os meus amigos me vão perdoar a brutalidade da imagem. Mas depois do que se passou com o pombo, sinto que a sinceridade que tenho tido para convosco (sempre me dirigi a vós com o coração nas mãos... e se mais orgãos e pianos precisos fossem...) sofreu abalo sério ao porem em causa a minha reconhecida amizade que tenho para com os animais... de toda a espécie (exceptuando dos que não gosto óbviamente) e vejo-me compelido a ilustrar, cada vez mais com imagens e menos com letras, o que me vai sucedendo no dia-a-dia. Quem sabe se, por força do hábito, comecem a acreditar mais no homem e menos no comediante que há em mim.
Foi aquilo que se designa por um golpe do destino. Hoje, no final do almoço, ao descascar uma pera rocha, a navalha de ponta & mola que uso para estas delicadas operações, fugiu-me da mão direita e foi célere ao encontro do meu dedo mínimo da mão esquerda. Num ápice, o dedo voou-me para debaixo da mesa e o sangue brotou de imediato do que restou do apêndice manual. O cento e doze apareceu quase de imediato; o dedo não, pese embora todos os esforços do pessoal que estava no restaurante. Há quem afirme a pés juntos que um cão rafeiro que inopinadamente entrara no local, se afastou a lamber-se. Meras suposições. Facto concreto é que estou ...mais leve.
Foto de: Alberto Oliveira.
40 Comments:
ai que bem feita!!!!!!!!!!!!!!
Desculpa o reparo, mas este bog está a ficar muito sanguinário! Ele é a coitada da raia decepada, ele é o pombo sem pata, ele é a tua mão sem dedo... um dia destes não sei que veremos!Francamente!
Bjs para o cão e para o mindinho.
Bem, lá tive que fechar os olhos para entrar!... :)
Pintei numa parede da casa o negro total que vinha na lata Dyrup. O que lá porei por cima, não sei. Mãos brancas de gesso pregadas uma a uma, espaçadas, dar-lhe-iam um ar teatral? Dedos soltos?,porque não? Tintas vermelhas escorrendo ao acaso, salpicadas descuidadamente, talvez sejam a solução.
Obrigada pela visita. Até breve. Um beijo. Azul.
Tadinho!!!! que horror!!!! doeu muito???? que ponta e mola tão "potente" e eu que pensava que era preciso uma guilhotina para decepar qualquer cabeça!!!...
Mas afinal deste o pombo ao cão????
pensava que tinhas dado milho...
Meteu 112! mas então não é o 118 que dá o sinal horário??? a meteorologia, dá no segundo canal, hoje chove, amanhã logo se vê e no feriado corte radical ninguém vai trabalhar...
BJ:)
Um bárbaro, tal cão rafeiro!... Cuidado com ele! ainda acaba por te abocanhar a tal pombinha desabusada e lá ficas tu sem modelo fotográfico.
Abraços.
Ai rico, que até a mim - que estou aqui tão longe - me doeu. E ainda tens sangue frio suficiente para explicar tim tim por tim tim como tudo aconteceu.
Se calhar é melhor lançares um alerta a quem vir um rafeiro com um dedo na boca para tentar resgatar o dito, porque está a fazer falta ao dono. Eu, por mim, vou ficar atenta.
Beijinhos
Caro Legível,
Resta-lhe a consolação do cão morrer envenenado :-) (brincadeira).
De qualquer das formas lamento a sua fraca pontaria. O corte do dedo polegar seria mais, muito mais, valorizado pelas seguradoras.
E tenha mais cuidado com objectos cortantes. Não vá um dia acontecer cortar alguma coisa que não lhe faça falta ;-).Abraços
O teu sangue...tem um ar muito cor de rosa ...:) LOL
Ehhhh...que fraca intensidade nesse drama , podias por mais realismo na coisa, assim tipo cão ao lado da mão...
Mesmo que não fosse o mesmo pouco importava :) mas lhe esfregavas o focinho com a ponta que sobrou..
Me desculpem os mais sensiveis de leitura, mas drama é o que ta a dar ..
Pronto já recuperei da insanidade ..lolllllll
Beijos, e boa semana...
A hipótese que levantas é verosímil. Mas eu acho que não terá sido um rafeiro a papar-te o dedo. Dão-se mal com unhas. A comichão na garganta seria tanta que regorgitaria o dedo.
Um abraço.
CREDO! C'ÓRROR!!!!...nem sei se vá ler o resto...lá se foi o meu jantarinho...buaaaaaaa
... já tinha ouvido falar de leões comedores de gente, mas cães - comedores de dedos mindinhos!!?
Hug!
Que violência... não habia nechechidade Z Z Z...
Olha, pelo menos não te aconteceu como a um antigo professor que tive, que numa aula de "madeiras" cortou um dedo na plaina eléctrica e nós fomos buscar o dedo dentro do saco da serradura para lhe colarem no sitio.
E olha, resultou!
Fantástico.
Beijo.
PS – Deitou pouco sangue…
Ó legível, isto é um filme de terror??Bolas estou toda arrepiada!!
Pois, o poder da imagem e das aparências é hoje em dia mais pujante que o das palavras e dos sentimentos...
Gostei também da analogia do dedo!
Muito bom post!!!
Cumprimentos mixed by jameson!
Para seila:
??????????
Para lia c:
Não tens de te desculpar porque os reparos são sempre bem vindos desde que bem argumentados. E como tu argumentas bem! Já pensaste na área do cinema?
Já estou a ver, em estreia mundial, num filme candidato a Óscar ou a Leão de Ouro, o teu nome em letras a néon:
Argumento de: Lia C
Vou deixar os temas de terror por uns tempos.
Beijos.
Para sotavento:
Nem sei como é que não te magoas; chegar sem uma nódoa negra a este blog cheio de obstáculos... de olhos fechados, é obra!
Para segurademim:
Tadinho é ... o que se diz aos meninos pequeninos e eu já sou bem adulto... suporto tão bem um dedo decepado como uma fratura exposta... à curiosidade do pessoal passante.
A guilhotina?! Será que és uma saudosista dos tempos da Revolução Francesa? Gostas de ver rolar cabeças, não é?! Se a Maria Antonieta tivesse sobrevivido à ira dos descamisados, dava-te o arroz;... ou o milho.
Para azul:
(ops!! houve aqui uma troca na sequência re-comentarista; é o que faz largar isto de quando em vez...)
Noto com satisfação que te moves com facilidade em qualquer área. Ou será que és mesmo das artes... plásticas?! Uma parede é um suporte como qualquer outro.
O vermelho sangue fica sempre bem numa parede, espirrado ou escorrendo... porque não oferece dificuldades de interpretação. Imagine-se a cena:
Chega um familiar, vê a cena e pergunta «Rica, você matou um amigo ou uma visita ocasional?». A sua resposta não admite dúvidas «Era apenas um curioso...».
Continue assim e... convide-me para a inauguração da sua parede.
Beijos.
Para gato escaldado:
Azar o teu! Foi por pouco, mas chegaste atrasado; já houve quem papasse a pomba!
Nisto dos apetites, aconselho vivamente que se chegue a horas. É por essas e por outras que (generalizo) os portugueses se orgulham de comer este mundo e o outro, mas as mais das vezes limitam-se a ver "a banda passar"...
Abraços.
Para mulhergorducha:
Rica:
Tinha quase a certeza que podia contar contigo. És uma pessoa solidária, pois não é qualquer um que anda atento na rua a ver se topa um cão com um pedaço de dedo na boca.
Já não me recordo bem mas penso que o animal coxeava ligeiramente da pasta dianteira esquerda (embora não usasse bengala ou muletas...) e tinha rabo até à cauda... Isto é capaz de tornar a pesquisa mais fácil.
É por isso que gosto de ti. Do teu voluntarismo desinteressado. Bem hajas!!
Beijos.
Para jl:
Caro JL:
O animal ainda não foi encontrado. Espero que no noticiário das vinte, hajam notícias sobre o assunto.
A minha pontaria é... notável. Eu própri me admiro por possuir ainda os dedos todos das mãos e... dos pés! É aquilo a que se chama um verdadeiro milagre.
Agradeço o seu cuidado; mas costumo curvar-me o mais possível, quando estou com objectos cortantes nas mãos.
Abraços.
Para pé:
A tua atenção "aos pormenores" não é menor que a minha; bem pelo contrário. Já tinha editado o post quando por acaso ao arrumar o tubo de acrílico reparei na inscrição da côr:
rosa velho...
Se eu tivesse o sangue dessa côr, até era capaz de me irritar... e pintá-lo de vermelho vivo...
Para lagoa azul:
Eu percebo-te.
Mas quem é que me paga os adereços? E o tempo de filmagens? e o aluguer do cachorro?... quando é um rafeiro já não é barato! Quanto mais um cachorro com mostarda... a chegar-lhe ao nariz.
Nunca tinha reparadona tua insanidade; mas que queres? Também distraido como eu sou...
Beijos e bom feriado!
Para "a":
Gosto que gostes de te divertir com estas barbaridades.... que eu para aqui escrevo. Posso garantir-te que até eu me divirto. Por vezes (muitas vezes) estou a escrever e a rir-me do que faço.
Se não fosse assim, não andava por aqui; não faço nada sem prazer. Blog incluido.
Haverá sempre algum tempo para o blog ,à margem das margens, embora com pouca margem de tempo... azul.
Abraço.
Para jpd:
Eu acho que este cão não era nada esquisito; marchava unha e tudo. São animais que passam um dia à porta de um talho a ver se lhes calha algum osso. Nem imaginam o azar que os talhantes lhes têm.
Se daí não levam nada vão para os restaurantes. Os empregados bem os enxotam, mas alguns mais rápidos conseguem entrar e ficam debaixo das mesas à coca.
Mas conheci um (cão) que teve a lata de se sentar à mesa e pedir altivo ao empregado «Dê-me um cachorro bem quente, mas... sem rabo. Rápido!»
Abração.
Para amok_she:
Não chores... que ainda tenho os outros nove dedos!
Mais um, menos um, que importância tem? Já pensaste bem na vida de um maneta?! Não é muito pior??
Temos que ser optimistas, minha amiga.
Para batista filho:
Nem queiras saber!! Os tempos em que só os leões comiam... gente, já se foi.
Agora, não há animal que se preze que não queira dar a sua dentadinha no parceiro do lado. Cuida-te!!
Abraço.
Para salsolakali:
É pá! isso até pode ser verdade (a do teu professor) e tenho-te na conta que não inventas "coisas ...dessas" como eu.
Mas a ser assim, não contes a história à Sotavento que ela não fica nada bem... De mim ela já sabe com o que conta... que estou sempre na brincadeira.
Mas que coisa! E o dedo colou mesmo, ehn?!
Ah! Por estarmos nestas histórias "exóticas", lembrei-me agora de uma que me contaram como verídica. A de um homem que viajava de combóio e ao pôr o braço de fora, o mesmo foi-lhe decepado por um outro combóio que vinha em sentido contrário. O braço do sujeito voou, entrando por uma janela do outro combóio e só parou no colo dum passajeiro que por sinal era maneta e que agradeceu a "oferta divina". Isto passou-se por altura do Natal...
Beijos.
Para manhã:
Também com o friozinho que tem estado...
Olha que não sou só eu; lê o comment da Salso. E acho que ela não brinca com estas coisas...
... e já agora a minha resposta.
Para bacardiman aka spiritman:
Por acaso até era um dedo analógico...
Não tive muito tempo para "encenar" a imagem, porque a ideia era fazer em plasticina a parte do dedo decepado, próxima da mão. Mas o tempo... Assim tive de arranjar um cão... que não se vê; lê-se.
Cumprimentos também!
Bem!!!!
...e então e a aquela do fulano que ia de carro (no lugar do morto), meteu um braço de fora para apalpar o rabo de uma fulana que ia no passeio e não deu conta do poste de electricidade...
Não ficou sem braço, mas partiu o ombro...
;D
Beijo
SK
Hoje estás ao estilo de Edgar Allen Poe.
Um abraço.
Para "a":
Dizem cada coisa!! Gostos... Prefiro o amor-verde; para ir amadurecendo, lentamente, lentamente...
Beijos. Mil e um! (ganhei!!)
Para salsolakali:
É inconcebível!! Ele há fulanos para tudo...até para danificarem os postes de electricidade. E não percebo porque motivo a fulana logo se foi meter entre os dois; devia ter o rabo grande...
Ele há cada história!!!ehehehehe
beijo.
Para armando ésse:
De vez em quando tenho de mudar "o estilo"... para não adormecer ao teclado.
Bom resto de domingo e um abraço.
É uma maldição muito conhecida nas Ilhas Britânicas, chama-se A Vingança Columbófila.
para quem se quer exprimir em imagens, há aqui palavras que nunca mais acabam.
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