DA MENSURABILIDADE
Hoje faço uma pausa, tiro-me do riso e franqueio as portas da minha actividade principal a quem neste local se detém e faz o favor de me ler, convicto de que será -no mínimo curioso, saberem algo mais sobre o autor dos escritos fantasiosos que neste papel se vão publicando. Se a vossa suposta curiosidade não passa pela minha pessoa, não percam tempo: de manhã, levem a família ao jardim Zoológico, almocem no Gambrinnus, passeiem de teleférico no Parque das Nações, lanchem nos pastéis de Belém e acabem a tarde de sábado no centro comercial Amoreiras. Depois disso, se conseguirem chegar a vossa casa no domingo à noite, têm bilhetes à borla para o meu próximo concerto. De facto, a imagem que vos deixo, refere-se a um momento de aquecimento da banda onde actuo, antes da participação no XCVII Festival de Rock de Alcanena . O primeiro da esquerda na foto, é o Márcio, brasileiro de Curitiba e que chegou com a intenção de tratar dos dentes aos portugueses, deu-lhes cabo dos ouvidos tocando trompete (no JazzAqui da Pontinha) e acabou em teclista. Trajando de negro (é daltónico assumido) e não deixando ver o rosto por via de um hematoma no olho direito (assegura que deu uma queda em casa após um animado debate musical com a companheira) , temos Renato o Gato (é assim que as nossas assanhadas fãs lhe chamam) que dá a voz às lyrics do nosso repertório. De costas para a objectiva, Martin Ganso, o virtuoso da guitarra e da velocidade sem bola nos pés, nos tempos em que alinhava a lateral no Desportivo do Alto do Pina. Na bateria, de pé(!?) este vosso criado, Deodato Efe de meu nome artístico, de estatura abaixo da média, mas com enorme potencial para a música. Recordo que este concerto ficou marcado por um episódio caricato com um espectador. Já o nosso alinhamento ia a meio quando um tipo grita da segunda fila: "Ó da bateria! não te consigo ver!!" Não desarmei e respondi-lhe com outra pergunta:"Vê lá se me queres oferecer uma cadeira?!" E o outro para mim: "Ofereço-te pois! Uma cadeira-eléctrica!!"
Nuremberg, 2007. Texto e foto de Alberto Oliveira.
22 Comments:
Sempre a dar música ;) Mas Nuremberga fica um cadinho fora de mão para ir assistir ao concerto... Se bem que a cadeira eléctrica, com este frio, até dava jeito...
Bjinhos e bom fds :)
ó legível... tinhas que vir com a cadeira?
Não digas!!!... O tipo sabe onde está a cadeira eléctrica?!... E deixaram fugir tão preciosa informação?
O Michel Petrucciani ainda ganha (em altura e para baixo) ao Deodato Efe. Toca piano (de estatura normal) como poucos. Nos concertos, no início, alguém o levanta e senta no banquinho, no final, de saída, faz rappel...
...cheira-me a nádega esturricada...
Sei lá, talvez um metro e quinze, um metro e trinta. Hum?
Ah...os pequenos cantores de Nuremberga!!! "Aquasi" que acreditava quando comecei a ler ...
que és como os painéis, tão conVincente.
Abçs
está cheio de sorte quem tiver que pagar o teu caixão, vai certamente custar menos que a maioria dos caixões.
eheheh... não deixei de rir... só tu mesmo!
Um abraço e bom fim de semana ;))
... e com elevador giratório
ena pá isso é que era!!!! tu a surgires debaixo do palco na cadeira eléctrica cheio de correntes e atilhos
giravas, giravas, giravas ...
qual foguetão lunar eras lançado e entravas em órbita...
para descanso dos assistentes!!!
que os homens nunca
se medem aos palcos...
( parece mal e devem ser olhados
bem de frente!
hum.......pois...sei, mas não faz
mal
nenhum... cravar as órbitas
no cabelo...! )
bem, mas dizia então, sobretudo os músicos, que na música
ser pequeno até pode ser...dintintivo e
blá blá blá...............blá...>
abraÇo.beijO
[a esticar o pescoço pra olhar :)
?!#*#?*******
e da música nos in.vestimos para voar.
para terras onde muito é possível.
um abraço.
Seguro.
Hoje, outra coisa me tráz aqui.
«Não mais a natureza ou o Estado, ou uma qualquer religião a decidir sobre a vida e o futuro das mulheres, mas elas próprias.»
Madalena Barbosa
Faro, 1942 - 2008 , 21:FEV, Lisboa
De Nuremberga a musica só pode ser boa :)
Ou pelo menos, foi assim que senti :) no fim do concerto :))
Fui ao rubro com as duas melodias finais :) No tempo certo :)) Que ritmo ;)
Foi daquelas vezes em que até superei fácilmente, não ter gostado do concerto QUASE até ao fim :)
Bom domingo para ti!
ando um tanto desalinhada
algum pormenor me fugiu...
a cadeira eléctrica assim atirada a um palco...nada me diz
mas o nosso Deodato...
ah! homem do camandro! deve ter encolhido por mor de tanta água que lhe entrou na casa no fds pobre coitado do Deodato!!!
mas é quando que se pode confirmar toda a tua originalidade ao vivo?
fiquei sem perceber.....
x
luzes...som
1
2
3
vamos partir isto tudo!!!!
;)
Alguns choques aqui senti...
bjo carinhoso
boa semana
será então agora
o
churrasquinho!!?
estava a ver que nunca mais!
... mas haverá um franguinho
mais... bem... volumoso, certo?!
:)
Ó senhor escrivão, isto já parece uma obsessão, ou será que está com aquele tal distúrbio bi-polar? É que, mais post, menos post, há sempre a cadeira elétrica a eletrizar-lhe o discurso. Mas esta do baterista, tá sensacional! Tou a aguardar pra breve a da guilhotina! Beijos de beira-mar que o país em breve se afoga em pingos, aqui e aí.
O ditado diz que homem pequenino ou velhaco ou dançarino . Esse aí é músico só para conrariar... que mania de ser diferente! :) "Tás" a dar música ao pessoal, "tás, tás" :)
Andava aqui a perguntar-me onde andaria a famosa cadeira eléctrica há tanto desaparecida e cá está ela, no meio de uma plateia entusiástica . Aguardo seguimento atentamente.
(Gostas mesmo de sofrer :) )
Beijinhos
P.S. (peço licença ,Legível)
Lélé - o Michel Petrucciani tocava ... morreu em 99.
Agora tocas na banda do Makukula?
Viu-se quem deu música em Nuremberga. Deixá-los acreditar e depois, pimba, um Requiem em dois minutos.
E Braga por um canudo, para não desafinar muito.
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