Sunday, April 10, 2011

A ESCRITA EM DIA; À NOITE.

Quem por este sítio tiver ainda a teimosia de passar, não pode imaginar a felicidade que me inunda por algo tão simples como isto: antes escrevia porque me apetecia, agora escrevo quando me apetece. De modo algum, pretendo baralhar os eventuais leitores com afirmações metafísicas recheadas de paradigmas insofismáveis, porque nunca foi essa a minha condição de proceder. De facto, ao passar a este avançado estádio, onde a temporalidade assume lugar destacado, a minha escrita transformou-se: tão depurada que, à vista desarmada, não se topa onde se finou o texto ou se chegou mesmo a nascer; tão irritantemente criativa que me pergunto «serei um deus a escrever oblíquo por linhas transversais?»


2011. Texto de Alberto Oliveira, sem imagem de autor (des)conhecido.

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