LAGARTO, LAGARTO.
Tinham chegado àquele largo que tem uma fonte ornamentada com duas ninfas de seios firmes para todo o sempre, banhando até à exaustão os marmóreos poros
e ele, nervoso, não se conteve Sabes? esta não é a minha praia. Nadadores-salvadores nem vê-los, de areia nem um grão para amostra, em vez de gaivotas, pombos e quem é que se atiraria de cabeça para aquela água imunda? Ela baixou os olhos desiludida. Mentalmente havia imaginado que aquele seria o lugar ideal para trocarem românticas frases e carícias apaixonadas. Enganara-se; André trazia ao ombro uma grande toalha com um dragão azul estampado e logo a seguir às patas do bicho, a frase "até os comemos!". E não se esquecera de uma bola de futebol que pontapeava em habilidosos e sucessivos toques. Quem me dera que sim, André; que a profecia inscrita na toalha se cumprisse. Mas não sobram para mim, os olhos que tens para a bola... disse, nas asas do sonho adiado, Vitória.
que só de as ver, me canso de as saber tão militantemente higiénicas.
2011. Texto de Alberto Oliveira.
7 Comments:
uma pessoa até se baralha com tanto 'duplo sentido' que nada para aqui...
hehehehehehe
(adorei, como sempre)
'Tás a falar de futebol, verdade? É que eu sou uma analfabeta neste assunto, nem dá para apreciar a habitual ironia...
Até os olhos cegam
Pois... Como disse uma SSenhora, ali acima, baralhas, baralhas!... E fantasias, fantasias!...
(Ah! Captei! Isto é uma mensagem subliminar. De repente, deu-me vontade de beber coca-cola... mas não era para ser fanta?!?!...)
tira-se a toalha e talvez as promessas voltem!!!!
tira-se a toalha e talvez as promessas voltem!!!!
ainda estou em pré-época. só para associar as caras aos nomes dos primos da Vitória, vou-me ver aflito.
estendo a minha toalha em cima da cama, deito-me, fecho os olhos e imagino praias distantes e campeonatos gloriosos.
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