DAR DESCANSO ÀS LETRAS E LUGAR À MÚSICA
Um estudo científico recentíssimo, prova que as letras também se cansam. Não sabiam? eu também não, mas lá diz o senso comum que estamos sempre a aprender e no caso vertente, o saber dá imenso jeito, não permitindo assim que preencha o espaço em branco que tenho à frente do meu apêndice nasal, com repetições pouco estéticas e, penso que nada apreciadas por quem aqui passa à procura de algo surpreendente ou, no mínimo, com alguma substância. Se isso tem sido conseguido (ou não), não me compete afirmá-lo nem tão pouco este é o momento para o escriba que aponta o caminho às letras, reflectir sobre tão delicado assunto.
Em reunião que me solicitaram -com o rótulo de urgente e que se realizou ontem, as letras fizeram-me sentir que estão cansadas e pedem um tempo de repouso. Porque lhes reconheço entusiasmo e espírito de sacrifício no seu labor, acedi. Disseram-me, em uníssono, que voltam assim que estiverem de cabeça limpa(?!). No seu lugar, deixo-vos o Grupo de Danças e Cantares dos Professores de Almada no decurso de uma actuação pública e a sua colorida e folclórica música... na expectativa que os leitores tenham a criatividade de a imaginar.
Almada, 2007. Texto e foto de Alberto Oliveira.